sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Série: Fear Itself


‘Fear Itself’ é uma série americana de 13 episódios com histórias de terror fechadas e independentes ao estilo do famoso programa ‘Além da Imaginação’. Produzida pelo canal NBC e gravada no Canadá, o show teve apenas uma temporada e foi exibido em 2008.


Já fazia um bom tempo que eu estava com essa série aqui para assistir. Até já havia conferido os dois primeiros episódios, mas por algum motivo acabei deixando de lado. Aproveitei o #MesDoArrepio para dar conta dessa pendência. O veredicto: o resultado é irregular, já que algumas histórias são excelentes, outras muito ruins e a maioria é mediana.


Vamos pela ordem:
O episódio 1 (The Sacrifice) é um dos mais fracos, embora tivesse tudo para dar certo: o carro de um grupo de amigos quebra e eles vão pedir ajuda em uma espécie de vila parada no tempo administrada por três irmãs sinistras. Mas os clichês não funcionam aqui e as atuações são sofríveis. No episódio 2 (Spooked) temos um ex-policial violento que é afastado da corporação e passa a trabalhar como detetive particular. Um dia, ele aceita um suposto caso de adultério, mas se vê enredado em uma história de vingança. Esse é previsível até não poder mais.


O terceiro episódio (Family Man) está entre os mais interessantes: em um acidente de trânsito, um sujeito que tem um ótimo emprego e uma bela família troca de corpo com um serial killer. Tenso. No episódio 4 (In Sickness and in Health) uma noiva recebe, pouco antes da cerimônia, um bilhete anônimo dizendo que ela está se casando com um serial killer. Esse foi um dos episódios que mais me surpreenderam, pois, a princípio, eu estava achando o noivo muito canastrão e toda a história enrolada demais; só que a última cena teve uma reviravolta e tanto!


O quinto episódio (Eater) tem uma pegada bem Stephen King e, aliás, traz uma policial aficionada por histórias de terror, que fica encarregada de vigiar um prisioneiro muito estranho conhecido por comer suas vítimas e assumir suas identidades. Achei mediano. Do episódio 6 (New Year’s Day) eu gostei: uma garota acorda de ressaca e descobre que o mundo está vivendo uma epidemia de zumbis. O sétimo episódio (Community) é meu favorito, e mostra um casal que se muda para um condomínio que parece ser o paraíso, mas que se revela uma comunidade assustadora com o passar do tempo. Fãs da série ‘Black Mirror’ vão curtir, garanto.


O episódio 8 (Skin and Bones) é sobre um fazendeiro que fica perdido na mata por uns dias e, ao voltar, traz dentro de si uma criatura maligna. Apenas OK. O nono episódio (Something with Bite) é uma história de lobisomem até que divertida. O episódio 10 (Chance) mostra um cara falido que vai a uma loja de antiguidades vender um objeto que ele acredita ser valioso. Quando a negociação não dá certo, ele começa a perder o controle e entra numa espiral de loucura e autodestruição. Esse achei muito bom.


O episódio 11 (The Spirit Box) gira em torno de duas amigas que contatam uma colega de escola morta usando um tabuleiro de Ouija. High school terror bem Sessão da Tarde. No episódio 12 (Echoes) temos um rapaz que se muda para um casarão antigo e passa a ser assombrado pelo antigo morador, que ele acredita ser sua encarnação passada. A ideia é boa, mas o resultado é só razoável. Por fim, o episódio 13 (The Circle) apresenta um escritor de histórias de terror que sofre um bloqueio criativo e, para tentar se inspirar, vai para um chalé com a esposa. Chegando lá, outras pessoas se unem a eles, e todos são atacados por uma bruxa vingativa.


Como eu disse antes, a temporada como um todo é mediana, mas os bons episódios fizeram valer a pena. E ainda tem como bônus a abertura assustadora ao som de ‘Lie lie lie’ na voz inconfundível de Serj Tankian, do System of a Down. 

Nota: 3/5 

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