segunda-feira, 8 de julho de 2013

Filme: Meu Malvado Favorito 2


O que a paternidade não faz com uma pessoa, não é mesmo? Depois que Agnes, Margo e Edith entraram de vez em sua vida, o supervilão Gru, responsável por façanhas como o roubo da lua, agora é um cara de família, cujas preocupações são zelar pelo bem-estar das pequenas e desenvolver uma nova linha de geleias e gelatinas. No entanto, essa tranquilidade familiar não dura muito, com Gru sendo convocado para ajudar a Liga Antivilões na investigação do desaparecimento de um produto químico perigoso.


A vida não está nada fácil para Gru: não consegue acertar na fórmula das geleias, tem problemas para lidar com a adolescência de Margo, que não desgruda do celular e começa a se interessar por garotos, tenta driblar os encontros amorosos desastrosos armados pelas filhas e pela vizinha, e, ainda por cima, perde um companheiro de trabalho de longa data: Dr. Nefário, que pede demissão por sentir falta dos antigos planos mirabolantes de domínio do mundo.


A convocação para trabalhar com a Liga Antivilões parece, então, um oportuno retorno à ação. Em sua missão, Gru tem como parceira a divertida Lucy, grande lutadora e espiã, embora um pouco atrapalhada. Durante a investigação, surge um suspeito que é velho conhecido de Gru: o maligno El Macho.


Continuações de sucessos de bilheteria são polêmicas. Obviamente impulsionadas pelo lucro do filme original, as partes 2 (e 3, 4, 5...) geralmente têm qualidade inferior, seja por falta de uma trama realmente interessante, seja pelos excessos cometidos com a intenção de superar o filme anterior. Pouquíssimas séries conseguem gerar uma segunda parte tão boa quanto a primeira, principalmente no ramo das animações. “Meu Malvado Favorito 2”, felizmente, faz parte desse seleto grupo de exceções.


A adoção das garotas e todas as mudanças resultantes na vida de Gru o fizeram crescer como personagem e como “ser humano”. Ele é uma pessoa melhor por causa das filhas e tenta se adaptar à nova realidade. Não enfrenta mais grandes perigos, não realiza mais invenções grandiosas, não tem aspirações inatingíveis, mas nem por isso sua tarefa é mais simples. Pelo contrário, criar 3 crianças se mostra a coisa mais difícil que ele já teve que fazer. E é essa humanidade o grande trunfo do filme: um cara que deixa de ser vilão (ou herói) para ser pai.


Os personagens dessa nova aventura também colaboram muito para o bom funcionamento do filme. Lucy é o complemento perfeito de Gru e o ajuda não apenas em campo. Eduardo, o dono do restaurante mexicano, é uma figura. A dublagem feita por Sidney Magal caiu como uma luva no gorducho dançarino. Os minions ganham importância na história e estão mais engraçados que nunca. Literalmente, chorei de rir nas canções que essas criaturinhas apresentam no fim do filme.

Entretenimento de primeira sem limite de idade!

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