terça-feira, 17 de junho de 2008

E para não acharem que é só no Brasil que tem gente tapada...

Lendo as notícias do dia, dou de cara com esta manchete: Farmácias sem pílulas e camisinhas ganham força nos EUA.

De acordo com o texto publicado hoje na Folha Online, nos Estados Unidos está aumentado o número “Farmácias pela Vida”, que não vendem anticoncepcionais, camisinhas ou pílulas do dia seguinte. Tudo isso em nome da manjada desculpa de “moral e bons costumes”. Pior que isso: eles se recusam a informar às mulheres sobre outros locais em que podem encontrar anticoncepcionais! O mais interessante é que “a moral e os bons costumes”, geralmente católicos, dessas farmácias impedem as mulheres de cuidarem de si mesmas, mas permitem a venda despudorada de remédios como o Viagra.

Então é assim: Se você é homem, parabéns! Continue a se reproduzir, mesmo que não tenha mais condições físicas para tanto. Se você é mulher, sinto muito, mas se deu mal! Seu destino é aceitar todos os filhos que “Deus mandar” e parir feito uma coelha. Não importa se você é jovem demais. Não importa se você não tem condições físicas, mentais ou financeiras. Não importa se você foi estuprada. Não importa se você simplesmente não foi abençoada com o “dom” da maternidade e simplesmente não quer um filho. E não basta só engravidar; você tem que parir. Óbvio. Se evitar a concepção já é pecado, imagine acabar com a vida de um “ser indefeso”, que não pediu para nascer. OK. Destruir a vida de um ser que nem é pessoa ainda não pode, arruinar a vida de uma pessoa por não deixá-la escolher, pode.

É isso aí. Pode avisar as “carolas” de plantão que já temos mais um comportamento medíocre para importar dos States.

sábado, 14 de junho de 2008

Sad but true

Ontem, estava assistindo à reprise do America’s Next Top Model (gosto mesmo, e daí?) e, infelizmente, tive mais um exemplo do quanto as pessoas são desinformadas. Não estou falando isso só porque a pessoa em questão era modelo. Pessoas em geral. A produção dava a cada garota um ideal (pró-guerra, anti-guerra, pró-carne, vegetariano, etc...), que deveria ser defendido da melhor maneira por meio da pose da modelo num cenário, mesmo se na realidade o ideal da candidata fosse o contrário. Pois bem... na hora do julgamento, a modelo deveria dizer se concordava ou não com o ponto de vista defendido. A garota que deveria ser anti-pele, não bastasse ter posado com cara de samambaia, tenta defender sua escolha e solta a pérola: “Eu gosto de peles. Te deixam bonita. Acho errado matar um animal só por causa da pele. Mas se o animal já estiver morto, o que é que tem?”
- Cara de interrogação dos jurados – Hein?
E ela continua: “Os animais brigam entre si na selva, né? Se ele já morreu mesmo, é melhor aproveitar a pele e fazer um casaco do que deixar lá.”
- Jurados inconformados - Como assim?
Agora me pergunto, quantas pessoas no mundo são tão ingênuas a ponto de achar que casacos de pele são feitos de animais que morreram de causas naturais ou, pior ainda, daqueles mortos por seus predadores ou concorrentes? Aliás, fico imaginando que deve ser bem normal a coleta de pele de chinchilas, em seu habitat natural (qual seria?), depois que as coitadas levaram a pior em uma disputa por território com... sei lá, porquinhos-da-índia.
Sad but true...

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Extinção AGORA!

Velhinhos são espancados por pessoas que deveriam cuidar deles. Mães abandonam seus filhos. Poodle é espancado e o agressor é condenado a pagar míseros R$ 2.000 em cestas básicas ou serviços comunitários. Gatos de gateiras conhecidas que viraram estrelinhas. Mais cães encontrados em estado deplorável por pessoas que fazem o possível e o impossível para dar uma vida digna a eles. Pessoas amontoadas dormindo na Praça da Sé. Para piorar, hoje é sexta-feira 13, o que só dificulta ainda mais a vida dos pobres gatos pretos que, além de serem discriminados por serem vistos como a encarnação do azar, ainda viram alvo de macumba.
São dias como este que me fazem desejar com fervor que caia um meteoro gigantesco na Terra e acabe com tudo. Quem sabe da próxima vez a gente faça as coisas direito...

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Comecei bem...

Já no primeiro post vou ser obrigada a chegar chutando a porta.
Como pretendo escrever sobre coisas sem sentido (pelo menos para mim), já começo com um artigo publicado ontem no G1: G1 traz opções de raças de cães que combinam com seu amor. OK. Como se já não bastasse o Dia dos Namorados em si ser uma data comercial totalmente inútil, vai alguém e publica uma coisa dessas. A matéria traz uma lista de raças de cães para você COMPRAR e DAR DE PRESENTE para sua cara-metade. Duas cagadas de uma vez.
Primeiro: Animal NÃO SE COMPRA. É uma vida que está em jogo. Há milhões de bichinhos precisando de um lar. Tem de todo tipo, é só escolher.
Segundo: Animal NÃO SE DÁ DE PRESENTE. Não é um objeto. É muito fácil se apaixonar por um filhotinho, mas e quando ele crescer e virar um "trambolhão", barulhento, caro, "fora de moda"? Sim, porque pessoas que dão animais de presente certamente acham que é mais um item de decoração ou status. Se a raça da moda é poodle, vamos todos comprar um. Se depois enjoar a gente troca, assim, como quem troca de carro ou celular.
Quer uma dica? Se quer impressionar seu amor, compre aquela roupa que ele/ela está a fim, ou aquele sapato da estação, ou um perfume, ou flores... São tantas opções! Deixe os animais fora disso.